Felicidade - um bem durável, reciclável ou descartável? Sempre
Como diria o poeta Vinicius de Moraes, tristeza não tem fim, mas felicidade sim! Isso nos leva a pensar que a felicidade é algo passageiro, efêmero, que se vai e, se não a agarrarmos com todas as forças, ela pode escapar por entre os dedos “(...) como uma pluma/Que o vento vai levando pelo ar (...)”. Deixamos de perceber que muitas vezes a felicidade é o que vivemos quando estamos em sua procura. Ao colocar a felicidade como um destino que se deseja alcançar, deixamos de aproveitar e apreciar as diversas paisagens que temos pelo caminho.
O ser humano pode se perceber em defasagem em relação a um ideal, ou seja, em relação a algo que deseja ser e a uma maneira ideal de comportar-se. Quando passamos a valorizar mais o que somos, do que aquilo que queremos nos tornar, passamos a nos cobrar menos e a nos olhar com mais aceitação e assertividade. Daí a felicidade passa a não ser mais sinônimo de perfeição, mas pode ser aproveitada a partir das imperfeições que se apresentam no dia a dia...
A felicidade pode fazer parte do nosso cotidiano na medida em que passamos a lidar com as frustrações que o dia a dia nos impõe. Em partes, ser feliz significa também aprender a viver a tristeza afinal felicidade e tristeza não são sentimentos antagônicos e podem coexistir. A felicidade mais do que algo almejado e utopicamente sonhado, deve ser algo vivido, experenciado nas brechas que a vida nos traz.
Pense sobre a sua maneira de viver a felicidade! Feliz daquele que percebe a felicidade enquanto a vive!!!
Bruna Garcia