Conversando sobre ciúmes
O ciúmes é um sentimento presente na vida de praticamente todos nós. Decorre de uma ferida narcísica, comum a todos nós, que surge a partir de uma necessidade humana de nos sentirmos especiais, privilegiados, amados e exclusivos.
O ciúmes é presente em nossa vida desde a infância, quando há o nascimento de um irmão ou quando alguém na família ou algum coleguinha recebe mais atenção por algum motivo. Mas, como sabemos, esse sentimento não se restringe somente às crianças, quando chega a puberdade e começa o interesse amoroso, logo nos vemos as vistas tendo que lidar com um “território” que pode ser ameaçado por outras pessoas ou circunstâncias: o relacionamento.
Neste momento, a depender da profundidade e extensão da nossa ferida narcísica, ou ainda dependendo do quanto o outro “cutuca” nossa ferida, podemos nos sentir mais ou menos inseguros e portanto, vulneráveis ao sentimento de ciúmes. Pois bem, o ciúmes é a ponta do iceberg que reflete nossa necessidade de sermos reconhecidos como os preferidos na vida de alguém.
Até certo ponto, dizem que ele “tempera” as relações, afinal também é vaidoso reconhecer que o outro quer ter lugar central e exclusivo em minha vida. Dizem que existe um outro extremo, o ciúmes doentio, dele falaremos em outro momento. Mas esse “tempero” que é o ciúmes, pode as vezes tornar-se difícil de digerir, salgado, apimentado ou doce demais. Sendo assim, como lidar quando você reconhece que o ciúmes “destemperou”:
- Realoque o foco da sua vida para você! Imagino que você não queria viver uma vida alimentando desconfianças. O ciúmes muitas vezes reflete que o foco está na vida do outro, o que faz, quando faz, onde foi. Um tremendo gasto de energia, que eu te perguntaria, é necessário? Isso nos leva a um outro ponto...
- Não controlamos nada, nem ninguém. Quando se entende isso, retira-se uma tonelada das costas. O que ajuda a lidar com a falta de controle sobre a vida do outro? Investindo na sua =)
- Atenção aos dados de realidade. Ciúmes e fantasia andam de mãos dadas, buscar se atentar aos dados de realidade pode te ajudar a frear a fantasia.
- Conversem, se aproximem! Conversem também sobre inseguranças, desejos, estreitem os laços de confiança através do diálogo! Agora, se o outro te dá motivos para intensificar o ciúmes, cabe você se perguntar se este é o tipo de relacionamento que você deseja para você!
- Diálogo sempre! Especialmente diálogos que possam nomear os sentimentos de quem sente e não diálogos focados em acusar o outro. Quando estiver conversando, lembre-se, vou tentar estabelecer esta conversa sem reclamar do outro, mas focando no que eu sinto e penso sobre isso!
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