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As armadilhas da comparação


Ao longo do nosso desenvolvimento vamos ampliando nosso círculo social, que se inicia geralmente pela família (entendamos família como quem exerce o cuidado com a criança), e depois vai se ampliando e incluindo outras pessoas que passam a participar de nosso convívio. Mas algo é fato, necessitamos do humano para nos tornarmos humanos. O convívio com outras pessoas vai auxiliando na construção e na internalização de parâmetros, sobre o que é aceito ou não socialmente, sobre os diferentes tipos de reações, sobre formas de ser e de se comportar. Acessamos a vida do outro, olhamos ao nosso redor para construirmos parâmetros, para aprendermos formas de ser e também para sermos percebidos pelo outro, isso no humaniza.


Ter alguém em quem se espelhar, um exemplo a ser seguido, faz parte do processo de desenvolvimento de todos nós. O fato é que muitas vezes, as pessoas ficam ligadas na necessidade de ter um outro com quem possam se comparar, ou ainda, alguém em que se possam se espelhar. Nesses casos, geralmente fica difícil para a pessoa abrir mão de modelos externos para se tornar ela mesma sua principal referência. O outro passa a ser compreendido como aquele que possui características valorizadas e a pessoa tende a se sentir esvaziada de características positivas, almejando ser semelhante ao outro, que ela considera ter as características que ela tanto valoriza.


Sabe aquela história de que a grama do vizinho é mais verde? Então, geralmente esse entendimento traz consigo uma grande insegurança, uma supervalorização do outro e uma desvalorização de si mesmo! O outro é idealizado, é visto como um referencial, como detentor de um modelo ideal de ser e agir.

Assim, a pessoa acaba se distanciando de suas próprias características e de traços e formas de ser que são particularmente seus. Nesses casos geralmente a pessoa se depara com um grande sofrimento quando percebe que abre mão de suas próprias referências para adotar as referências de outras pessoas.


Mas então, o que devemos considerar para sairmos das armadilhas da comparação?


Primeiramente é importante se observar e tentar entender o que está por trás da comparação:


- Valorize as SUAS características, as pessoas não são iguais, seu jeitinho é único e não deve ser substituído;

- Não idealize tanto o outro! Quando conhecemos as pessoas, conhecemos na verdade o que está sendo mostrado naquele momento, e geralmente o que é mostrado é apenas uma parte de quem a pessoa realmente é;

- Todos nós temos fragilidades e potencialidades, não sobrevalorize suas dificuldades e nem sufoque ou desmereça suas potencialidades;

- Não imagine que há um jeito ideal de ser e agir, cada um tem seu próprio jeito, que pode não ser o jeito ideal, mas é o jeito possível;

- Valorize seus gostos, vontades, valorize o que você sente e não imagine estar sendo egoísta por isso;

- Respeite seu próprio tempo, suas próprias características, não se subestime nem imagine que deva mudar para ser aceito;

- Entenda-se como merecedor de coisas boas, trate-se bem e seja você mesmo sua melhor referência;

- Busque ajuda! Isso mesmo! Se estiver difícil para você encontrar potencialidades em si mesmo, busque ajuda. As vezes a lente pela qual você se vê pode estar um pouquinho embaçada, e um psicólogo pode te ajudar a tirar os véus que estão dificultando que você veja e valorize as suas qualidades.



Com saúde mental não se brinca, VOCÊ é prioridade!



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